MAXIMINO
E MELÂNIE ERAM IRMÃOS? PRIMOS? COMO SE CONHECERAM?
La
Salette-Fallavaux é uma pequena aldeia (foto) nos contrafortes dos Alpes, na
diocese de Grenoble (França). Sua pacata igreja, rodeada por um certo número de
casas, lembra o fato de Nosso Senhor ter chamado a atenção para a galinha que
protege os pintainhos sob suas asas.
Um
pouco acima na montanha há outra aldeia, menor que a anterior. Seu nome é Les
Ablandens e depende de La Salette.
Panorama
austero e grandioso deslumbra pela beleza. Os Alpes rodeiam o vale. Suas partes
mais altas cobrem-se de neve no inverno e brilham iluminadas pelo sol.
Na
parte inferior das montanhas a neve se derrete na primavera, aparecendo
novamente os prados naturais. Os habitantes de La Salette há muito tempo levam
os seus rebanhos para ali pastar. E contratam servidores para vigiar o gado.
Foi
esta a razão pela qual Melânie Calvat, de 14 anos, e Maximino Giraud, de 11,
subiram o morro de La Salette, conhecido como Sous-les-Baises, no dia 19 de
setembro de 1846.
Os
dois não eram de La Salette. Suas famílias moravam em Corps, pequena cidade
localizada na parte mais quente e acessível do vale. Os lares de ambos eram
pobres. A casinha de pedra onde nasceu e viveu Melânie ainda está em pé e pode
ser visitada. Sua pobreza é acentuada pelo fato de não ter sido restaurada. Um
pouco melhor é a casa de pedra da família de Maximino, hoje transformada em
loja.
Casa de Melânie
Os
dois jovens precisavam trabalhar para ajudar as famílias. Por isso puseram-se a
serviço de dois proprietários de gado na condição de pastores. Melânie cuidava
do gado de Baptiste Pra, agricultor de Les Ablandens. E Maximino tocava as
vacas de Pierre Selme, da mesma aldeia. O trabalho não era difícil e adequado à
idade dos dois. Na época da aparição havia cerca de 40 pastores trabalhando em
condições análogas nas montanhas vizinhas.
Primeiro encontro
entre Melânie e Maximino
Melânie
e Maximino não se conheciam. Ela ficava ocupada em afazeres domésticos ou em
encargos que recebia da mãe. Maximino brincava com os meninos da mesma idade.
Em 18 de setembro de 1846, véspera da aparição, repararam um no outro pela
primeira vez. Estava nos planos divinos que os dois testemunhassem juntos a
aparição de Nossa Senhora em La Salette e fossem instrumentos privilegiados da
difusão da mensagem que Ela havia de revelar.
Quando
Melânie subia o morro, percebeu um menino que se aproximava dela. Era Maximino.
–
“Menina, eu vou com você, também sou de Corps”.
Num
primeiro momento, Melânie não quis aceitar.
–
“Não quero ninguém, quero ficar sozinha”, respondeu ela.
Melânie
gostava da solidão, do silêncio e da oração. E o menino a iria atrapalhar. Ela
costumava ficar sozinha, falando para “as florzinhas do bom Deus”, que cobrem
as encostas das montanhas no verão. Era sua forma preferida de rezar, que se
prendia a fatos extraordinários acontecidos na sua primeira infância. Mas disto
ninguém sabia.
Maximino
era vivo e loquaz. Ficou insistindo. Melânie se afastava dele fazendo sinais de
que não o queria por perto.
Maximino
a seguia de longe. Quando ela se punha a falar com “as florzinhas do bom Deus”,
ele se aproximava para ouvir. E insistia:
–
“Me leve com você. Serei bem comportado. Meu patrão me disse cuidar as vacas
junto com as de você. Também sou de Corps”.
Quando
acrescentou que iria ficar sozinho e se entediar muito, Melânie teve pena.
Ela
acabou arrancando de Maximino a promessa de guardar silêncio e não perturbá-la
na sua contemplação. Maximino garantiu e não se afastou mais dela. Mas, como
criança, logo esqueceu a promessa e se pôs a perguntar o que ela falava às flores.
E pediu com insistência que Melânie lhe ensinasse um jogo.
Por
fim ouviram o sino da igrejinha de La Salette, que chamava a rezar o Angelus.
Ela fez sinal a Maximino para tirar o chapéu e rezaram. Depois ofereceu um pão
ao menino e inventou um jogo para ele. A jornada terminou calmamente.
Fonte:
A Aparição de La Salette e suas Profecias:
http://aparicaodelasalette.blogspot.com.br/